Os pais querem o melhor para os seus filhos e desejam, acima de tudo, que sejam felizes. Por vezes, este desejo tão natural choca com a necessidade de lhes dizerem que não. Para alguns pais, esta é uma das facetas da parentalidade mais difíceis de gerir e muitos têm dificuldade em assumi-la com assertividade, coerência e eficácia. Mas dizer que não, tal como dizer que sim, faz parte da função primordial dos pais, por mais que possa parecer doloroso ou até desnecessário.
“O ‘não’ é como o sal da cozinha: nem de mais, nem de menos”, defende o psicólogo Eduardo Sá, alertando que o perigo, à conta do receio dos pais, “é estarmos a criar crianças insonsas”. E isto é “dramático”. Porque “pais bonzinhos são um bocadinho inimigos de crianças saudáveis, por mais que o façam com toda a boa-fé do mundo”. O “não” é o que torna as crianças num “motor de alta cilindrada, com uma caixa de velocidades à medida, que lhes permite ir dos zero aos 100 num instante”.
Educar uma criança em casa sempre que necessário evita que ela sofra ao ser repreendida pelo mundo.
As crianças precisam de regras e limites para se sentirem seguras e crescerem saudáveis. Saber dizer “não” nem sempre é fácil e chega a ser extenuante, mas é essencial. Na medida e na hora certa.
Será este o mote que levou o desafio da Drª Maria João Santos estar no próximo dia 11 de Março numa conversa de entrada livre no AtomosferaM em Lisboa. Não é necessário inscrições, basta aparecer 😉