As empresas são frequentemente alvo de crítica por parte de colaboradores e dos media. Acredito que o propósito das empresas não é a de prejudicar a vida e a dignidade humana das pessoas nem a de prejudicar a vida familiar dos seus colaboradores. Contudo, pela complexidade do tema, pela multiplicidade de agentes envolvidos e pelas várias dimensões do fenómeno e, não menos importante, pelos recursos limitados, é possível chamar empregadores a contribuir mais ativamente para uma dificuldade sentida por todos (empregadores, colaboradores e famílias) para uma dinâmica de reação mais saudável. 
Independentemente da sociedade e da cultura, a família e o trabalho são fontes indiscutíveis de valorização da vida humana. No entanto, atualmente parece haver um aumento do atrito entre essas duas esferas, pois ambas consomem o mesmo recurso escasso: o tempo. Como resultado, os investimentos pessoais no trabalho ou na família são frequentemente vistos como alternativas, porque necessariamente precisam ser tomadas decisões para alocar o tempo investido num como alternativa ao tempo investido no outro. Se certas suposições e entendimentos não forem amplos, podem surgir conflitos de interesse que podem ser difíceis para trabalhadores e empregadores gerenciar e coordenar. Quando há um aparente conflito entre o trabalho e a gestão familiar, isso pode trazer consequências negativas para trabalhadores e empregadores.
No caso dos colaboradores, a motivação profissional no dia-a-dia, a vontade de deixar a empresa e a sensação de bem-estar são exemplos de dimensões pessoais que são afetadas quando existe um desequilíbrio entre os âmbitos profissional e familiar. As organizações, por sua vez, são afetadas pela produtividade individual, absenteísmo, faltas recorrentes, custos do trabalhador e seu resultado final.
Quando estão asseguradas determinadas condições a implementação bem-sucedida de medidas que promovam a conciliação família-trabalho pode ter efeitos positivos não só diretos, mas também indiretos a todos os níveis da vida do indivíduo, equipa ou empresa em causa. Políticas de coordenação podem dar às empresas uma vantagem competitiva na disputa por talentos de capital humano e criar uma conexão emocional com a organização que motiva ainda mais os funcionários e pode até aumentar a sua produtividade.
Que ações os diversos atores da sociedade podem realizar para promover a conciliação entre família e trabalho?
Nesta perspetiva de harmonia foi na sala Porto da sede do Novo Banco que se concretizou uma formação online para os colaboradores sobre “como conciliar a vida profissional com as necessidades académicas dos filhos”.
Um exemplo a seguir no mundo empresarial que se preocupa com a felicidade e bem estar dos colaboradores.
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